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Florbela Espanca

Florbela Espanca nasceu no dia 8 de dezembro de 1894 em Vila Viçosa, Portugal, e morreu em Matosinhosno dia 

8 de dezembro de 1930.  Batizada como Flor Bela Lobo, depois se autonomeada Florbela d'Alma da Conceição Espanca, foi uma importante poetisa portuguesa.

A sua vida, de apenas 36 anos, foi plena, embora tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos, que a autora

soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de  erotizaçãofeminilidade e panteísmo.

Há uma biblioteca com o seu nome em Matosinhos.

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Autora polifacetada: escreveu poesia, contos, um diário e epístolas; traduziu vários romances e colaborou

ao longo da sua vida em revistas e jornais de diversa índole. Florbela Espanca antes de tudo, é poetisa.

É à sua poesia, quase sempre em forma de soneto, que ela deve a fama e o reconhecimento. A temática abordada

é principalmente amorosa, associada constantemente a temas como:  solidão, tristeza,
saudade, sedução, 
desejo e morte. 

A sua obra abrange também poemas de sentido patriótico, inclusive alguns em que é visível o

seu patriotismo local: o soneto "No meu Alentejo" é uma glorificação da terra natal da autora.

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Florbela Espanca recebeu vários prémios, tais como: os de literatura: Prémio António Vaz Leitão;

Prémio de Literatura Portuguesa Nós Poéticos.

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 CRONOLOGIA

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João Maria Espanca, o pai de Florbela, foi um antiquário e fotógrafo, além de um dos introdutores do vitascópio, projetor de cinema comercializado por Thomas Edison em Portugal (1896).  

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Foi casado com uma mulher estéril de nome Mariana que autorizou o esposo a se relacionar com a camponesa Antônia da Conceição Lobo, com quem teve dois filhos: Florbela e Apeles (registrados como filhos de Antônia e

pai incógnito).  Mariana foi a madrinha. O pai só reconheceu a filha 18 anos após a sua morte.

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1894 - Nasce Florbela Espanca.

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1908- Morre a mãe Antônia.

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1913- Casa-se com Alberto Mourtinho.

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1917- Torna-se a primeira mulher a entrar no curso de direito de Lisboa.

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1919- Sofre o primeiro aborto.

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1921- Separe-se e casa com Antônio Guimarães, oficial da artilharia, antipoético e agressivo.

          O pai separa da mulher para se casar com Henriqueta.

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1923- Lança “livro de mágoas”.         

           Sofre um novo aborto e se separa do marido.

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1925- Casa com o médico Mário Lage.

           Morre a madrasta Mariana.

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1927- Morre o irmão Apeles com apenas 30 anos em um acidente de avião.

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1928- Tenta o suicídio pela primeira vez.

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1930- Morre no dia do seu aniversário de 36 anos, em 8 de dezembro na cidade de Matosinhos, com superdose de barbitúricos.

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O Nosso Mundo

de Florbela Espanca

 

Eu bebo a Vida, a Vida, a longos tragos

Como um divino vinho de Falerno

Poisando em ti o meu olhar eterno

Como poisam as folhas sobre os lagos…

 

Os meus sonhos agora são mais vagos

O teu olhar em mim, hoje é mais terno…

E a Vida já não é o rubro inferno

Todo fantasmas tristes e presságios!

 

A Vida, meu amor, quero vivê-la!

Na mesma taça erguida em tuas mãos,

Bocas unidas hemos de bebê-la!

 

Que importa o mundo e as ilusões defuntas?…

Que importa o mundo e seus orgulhos vãos?…

O mundo, Amor!… As nossas bocas juntas!…

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 “Soror Saudade”

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Leia aqui poemas de Florbela Espanca 

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